O Primeiro beijo

11-01-2011 23:23

Juro a vocês que foi uma surpresa pra mim, na verdade quem escreveu essa historia tinha sido eu a muito tempo atras, mas ae ela me surpreendeu e escreveu do ponto de vista dela, com vocês a historia de minha vida, escrita por ela: Camilla Souza

   Se em poucas palavras pudesse definir meu primeiro beijo, diria que foi inesquecível, incomparável, desigual. Sim, pois acredito que ninguém teria uma história como essa, poderia haver alguma parecida, mas não igual.

    Quando se pensa no primeiro beijo qualquer pessoa fica nervosa, é um marco no qual apenas você pode descrever, porque nem mesmo o companheiro de estréia poderá descrever do mesmo jeito que o iniciante, na maioria das vezes um dos dois já beijou alguém e outro apenas a mão, o espelho e outras coisas que se usam quando se quer treinar um beijo; coisas que não são verídicas porque pouca gente sabe que todos os humanos nascem sabendo beijar, é um estímulo comum a todos.

     Eu passo muito tempo lendo, e assim sei de coisas que nem as pessoas mais experientes sabem, eu nunca liguei para sair nos fins de semana, eu detestava sair só, me sentia um extraterrestre, diferente de todos ao meu redor; por isso me prendia aos livros e revistas científicas, talvez porque eles não me ignoravam e nem me olhavam com desprezo.

     Então uma das minhas poucas amigas me apresentou virtualmente a um carinha, e nos primeiros minutos discutimos por coisas bestas, ele morava na cidade vizinha, todas as minhas amigas conheciam ele, menos eu; mas eu sabia que tinha que conhecê-lo.

     A oportunidade finalmente chegou, era uma festa cultural na minha cidade, e tomei coragem para sair com quatro amigas próximas, caminhávamos, pelo meio da rua, e três meninos estavam um pouco adianta, um deles usava um suéter e uma bermuda e os outros não me lembro como estavam vestidos, então uma das minhas amigas me disse que aquele de suéter que estava a minha frente era o carinha que tanto esperava conhecer; fiz então uma coisa que nunca pensei que fosse capaz de fazer, gritei seu nome e logo depois fiquei tão sem graça que nem reparei se ele tinha olhado para trás.

    Depois disso foi muito mais fácil para conversarmos, a meu ver nos tornamos mais íntimos e enfim nos encontramos novamente na festa junina do colégio em que eu estudava, eu conversava com uma amiga, e fui tocada no ombro por ele e me disse: “sem sustos dessa vez”, confesso que me arrepiei, pois não esperava por isso, a partir desse momento começamos a conversar, como amigos íntimos, tanto que eu nem sentia quando se afastava de mim.

    Tornamos-nos amigos, saíamos juntos, andávamos lado a lado e não nos desgrudávamos, fui percebendo as poucos que estava gostando dele; ele procurava uma namorada, eu ali querendo me candidatar, e ele pensando em outras amigas minhas, e eu tendo que ajudá-lo, como se não tivesse nenhum interesse nele. Ele então resolveu ficar com uma amiga minha, morri  de ciúmes, fiquei com raiva, coisas que acontecem com garotas apaixonadas, mas no final das contas, fofocas vão, fofocas vêm,  e ele acabou descobrindo que eu gostava dele, e depois de muitos desacertos e desencontros, acabei ficando com ele.

      Nunca esse momento se repetiria em minha vida, creio que nunca mais sentirei o que senti, era como aqueles minutos perto dele fizesse os problemas desaparecerem, eu me sentia distante do mundo e das coisas horríveis, sons e arrepios se fizeram presentes; a partir daquele momento passei a acreditar que ele era o amor da minha vida. Sim, aqueles foram os melhores 23 minutos da minha vida.

 

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