Amor & Ódio - PROLOGO [+18]

28-01-2011 15:29

Prólogo
(Narrado por Missie)


Aquela não era a primeira vez que eu me revirava no colchão naquela noite. Olhei para o relógio no criado-mudo na esperança de estar perto do amanhecer, forçando-me assim a desistir do sono que insistia em não vir.
Dei um longo suspiro ao perceber que não passava das 02h15 da manhã. Cambaleei para fora da cama, calçando minhas sandálias de dedo. Saí do quarto, desci as escadas e saí pela porta dos fundos em silêncio.
Caminhei lentamente pelo gramado, sentindo um ar quente soprar em meu rosto. Era uma madrugada quente de verão, mas pela aparência do céu uma tempestade estava a caminho. Sentei na beirada do pequeno lago atrás da casa, ficando de costas para uma grande árvore.
Eu adorava sentir o cheiro típico de verão, junto com o calar da noite. Então, simplesmente, fiquei lá, sentada em frente ao lago, sem pensar em nada por indetermináveis minutos.
De repente senti pequenas gotas caírem sobre mim. Mal tive tempo de levantar e a chuva se intensificou. Corri para debaixo da árvore e comecei a subir a escadinha no tronco, para me abrigar na casinha da árvore, onde eu costumava brincar quando era criança junto com meus primos.
Eu sairia de lá só quando a chuva parasse. Mas mudei de idéia no mesmo instante.
- Eu estava imaginando a hora em que iria correr para cá.
Eu reconheceria aquela voz mesmo de longe. Afinal, ela pertencia ao ser mais irritante da face da terra.
- O que faz aqui?
Ele deu de ombros.

- Anda fumando escondido, Fredzinho? – indaguei, sentindo o cheiro de cigarro no ar.
- Isso não é da sua conta, Missie!
- Tem razão. – concordei, sentando num banquinho de madeira ao canto. – Espero que seu pulmão apodreça logo. Assim me livro rápido de você.
- Eu também te amo, Missie. - disse sarcástico, mandando um beijo, com uma certa malícia no olhar.
Bufei, cruzando os braços em frente ao peito com raiva. Fred lançou-me um olhar dos pés a cabeça. Foi então que notei que usava apenas um micro short de dormir e uma camisa branca, molhada pela chuva.
- O que você está olhando, idiota?
- Você é gostosinha. - disse, olhando malicioso para meu corpo.
- Eca! Seu... seu pervertido!
- Sabe, você se faz muito de boa moça. – comentou, se aproximando de mim.
- Nem chegue perto, Fred. – sibilei, ameaçadoramente.
- Eu quero ver o que há por trás dessa sua pose, Missie. – sussurrou, perto do meu rosto.
- Vai ficar querendo! – gaguejei, tentando me esquivar para trás.
Em vão.
- Isso é o que vamos ver.
Eu mal tive tempo de me mover. Fred segurou em minha nuca e encostou seus lábios nos meus. Abri a boca para contestar mas isso só o ajudou para aprofundar mais o beijo, invadindo minha boca com sua língua. Eu me debati em seus braços, tentando afastá-lo de mim.
Era tarde demais. Suas mãos apertavam minha cintura e eu já correspondia o beijo com sofreguidão. O gosto dele era tão... bom.

Minha consciência estava bem longe do meu corpo naquele momento. Eu não tinha controle algum de meu corpo, muito menos de meus atos.
Fred desceu para meu pescoço, beijando e mordiscando toda aquela extensão. Eu soltei um gemido baixo e ele sorriu, voltando seus lábios para os meus. Me puxou pela mão, deitou-me no chão e subiu em cima de mim.
Eu podia sentir sua excitação de encontro a minha, enquanto ele me beijava intensamente. Ele pegou na barra da minha camisa e a tirou rapidamente, deixando meus seios à mostra. Abocanhou meu seio direito e eu gemi, sem que eu pudesse me controlar.
Ele fazia movimentos circulares com sua língua em meus seios enrijecidos de prazer, revezando entre mordidas e chupadas. Eu estava enlouquecendo. E a culpa era toda de Frederick Johnson.
Enquanto seus lábios continuavam em meus seios, uma de suas mãos desceram para o cós do meu short, o tirando de uma só vez com a calcinha junto. Eu paralisei, perdendo o ar quando seus dedos tocaram em minha fenda úmida.
Ele penetrou um dedo em mim, arrancando um gemido alto de minha garganta. Sorriu malicioso, e começou a movimentar seu dedo. Cravei minhas unhas no chão de madeira, gemendo ainda mais alto. Seus lábios capturaram os meus, abafando meus gemidos.
Eu poderia ir ao céu e voltar milhões de vezes com Fred me beijando e tocando daquele jeito.
Ele se afastou um pouco e deu uma longa olhada para meu corpo.
- Você é perfeita. – murmurou abaixando as calças, ficando apenas com sua boxer preta. – Muito gostosa.
E então ele abaixou a cueca. Deixando seu membro à mostra. Meu coração batia frenético em meu peito e eu mal conseguia respirar. Fred projetou-se em cima de mim, e olhou em meus olhos com intensidade.

Senti seu membro me rasgar por dentro e gemi de dor. - Relaxa, Missie. – disse Fred, me olhando ternamente, passando a mão em meu cabelo. Algo que nunca o vi fazendo antes.
Respirei fundo e tentei relaxar. Fred esperou, sem se mover.
Segurei em seu cabelo desgrenhado, acenando com a cabeça para que ele continuasse.
Ele começou a se mover e eu gemi, sentindo uma sensação nova para mim.
- Tão apertadinha... – suspirou ele, intensificando o movimento.
- Fr-Fred...
Eu gemia loucamente, entorpecida de prazer, enquanto Fred se movia com maestria em cima de mim. Seus olhos estavam fixos no meus e minhas mãos percorriam as suas costas.
Um prazer indescritível tomou conta de meu corpo e eu gemi ainda mais alto, sentindo meu corpo todo tremer de um jeito maravilhoso.
- Missie...
Fred soltou um gemido abafado e caiu sobre mim. Nossas respirações ofegantes foram voltando ao normal, enquanto estávamos deitados um sobre o outro, esperando que a inconsciência nos dominasse.
Foi na manhã seguinte, encontrando com Fred dormindo nu ao meu lado, que me dei conta do que havia feito.
Eu tinha me entregado ao garoto que eu não suportava. Deixei-me ser seduzida por seu charminho barato. Por suas mãos carinhosas, por sua pele macia...
Por Deus! O que eu tinha feito?
Eu era uma idiota! Uma vadia! Como pude perder minha virtude com aquele garoto prepotente?
- Eu nunca mais deixarei Fred me tocar. - sibilei para mim mesma, enquanto me levantava abruptamente do chão. - Eu nunca mais o verei!
Vesti minhas roupas e saí o mais rápido que pude daquele lugar.
Eu me sentia enojada. Com repulsa e uma raiva indescritível que transbordava de todo o meu ser.
O ódio por Frederick Johnson estava mais forte do que nunca.

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