Amor & Ódio - Capitulo 6 Parte 2

28-02-2011 20:49

Então galera, a faculdade ta atrapalhando meus posts, preciso montar uma equipe maior pra manter o blog pra vocês mas ja to providenciando isso!
Boa leitura pra voces !

Tomei o remédio e deitei-me na cama. Aos poucos minha visão turvou e eu agradeci quando meus olhos começaram a se fechar aos poucos. O sono estava me dominando; isso sempre acontecia quando eu tomava remédios para dor. Fechei meus olhos por completo, deixando que um sono profundo me dominasse, sem hesitar.
- Missie.
Senti algo macio tocar em meu rosto enquanto ouvia um sussurrar não muito longe. Abri meus olhos lentamente, deixando-os focar aos poucos na figura de Fred sentado ao meu lado na beirada da cama.
- Oi. - ele deu um sorriso torto e eu pisquei algumas vezes, deslumbrada.
- O-oi.
- Você está bem? - perguntou ele, seus olhos demonstravam preocupação.
- Aham. - respondi, me sentando.
Eu sentia raiva dele e de uma hora para outra me deparo com sentimentos nunca experimentados antes por mim. Eu passei a deseja-lo como nunca desejei nada antes. Ele me deslumbrava como nenhum outro seria capaz. Meu corpo tremia e clamava por seu toque desesperadamente. Meu coração dava saltos em meu peito com ele por perto.
Segurei em sua nuca de repente, o assustando com esse ato. Selei nossos lábios, sentindo o gosto mais saboroso do mundo. Ele correspondeu e invadiu minha boca com sua língua, fazendo todos os pêlos do meu corpo se eriçarem.
Suspirei, afastando nossos lábios e encostando minha testa na dele.
- Me diga. Eu preciso saber. - sussurrei, olhando fixamente para seus olhos azuis. - O que você sente por mim?
Ele ficou me olhando, nossos olhos fixos uns nos outros. Sua expressão era indecifrável.
- Diga! - pedi desesperada. - Eu preciso saber! Você também sente esses sentimentos... estranhos quando está próximo a mim?
Ele descolou nossas testas, e fitou o chão. Segurei abruptamente em sua mão e a coloquei em meu seio esquerdo, fazendo com que ele sentisse as batidas frenéticas do meu coração.
- Você não sente nada quando me toca? - perguntei, fechando os olhos, sentindo meu corpo reagir institivamente ao seu toque.
- Missie, eu...
- Fred! - o grito de Megan veio do corredor, fazendo meus olhos se abrirem rapidamente. - Telefone para você!
Ele levantou e saiu do quarto, sem responder o que eu tanto queria saber. Fiquei sem reação, estática no lugar até que Megan abriu a porta e entrou no quarto.
- Hey Mis, você está melhor? - perguntou se sentando ao meu lado.
- Uhum. - respondi, segurando as lágrimas que ameaçavam cair.
Desde quando eu tinha me tornado tão emotiva?
- Fred não estava te pertubando, não é mesmo?
- Oi? - eu a olhei confusa.
- Eu vi ele saindo daqui. - comentou, apoiando as mãos nos joelhos. - Ele disse que só veio vê se você estava se sentindo bem. Bom, vocês nunca se deram bem, eu pen...
- Foi isso mesmo. - eu a interrompi, dando um grande suspiro.
Na verdade, eu não poderia ter certeza do que ele realmente queria.
- Uau! Vocês resolveram ser mais civilizados um com o outro? - indagou surpresa.
- Algo assim.
- Algo assim... - ela repetiu, revirando os olhos. - Vamos lá para baixo. Eu e Will já reservamos os filmes na TV e preparamos um balde gigante de pipoca.
Nós descemos até a sala e ela se jogou no sofá, entre Fred e Will que já estavam sentados. Eu me sentei no outro, colocando as pernas para cima.
- Não seja anti-social, Mis. Senta aqui com a gente. - disse Megan, batendo a mão no sofá para eu me sentar entre ela e Fred.
Rolei os olhos e me sentei entre eles.
- Onde está a vovó? - perguntei.
- Foi com até o supermercado. - respondeu Megan e deitou sua cabeça em meu ombro, dando play no filme.
As imagens passavam na tela e o som parecia baixo demais, enquanto eu me perdia em devaneios. Um turbulhão de sentimentos passavam por mim e aquele cheiro inebriante ao meu lado me deixava tonta e sem saber como agir.
Aquele dia foi o mais lento de todas as férias. Nenhum dos filmes que passaram faziam nexo para mim. Afinal, eu não havia prestado atenção um minuto sequer. Quando o último filme acabou, dei boa noite para eles e voltei para o quarto, me jogando na cama.
Por que raios eu estava me sentindo daquele jeito, tão perdida e sem saber o que fazer? Eu só conseguia pensar nas minhas emoções e nele.
Sempre nele.
Eu só conseguia pensar em uma palavra para distinguir todos aqueles sentimentos que tomavam conta de mim toda vez que Fred estava por perto: apaixonada.
Eu estava incondicionalmente e irrevogavelmente apaixonada por Fred Johnson.

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