Amor & Ódio - Capitulo 3 Parte 2

07-02-2011 13:22

Bom dia,tarde ... sei lá, acabo de chegar da faculdade, primeiro dia de aula até que foi legal , vamos ver se os proximos serão assim!
Trago comigo o Capitulo 3 parte 2, então como sempre , Boa Leitura!

- Ahh, não ganhamos. Que pena! - murmurei, quando Will encaçapou a última bola da mesa, vencendo por dois pontos a mais que todos. - Sou uma péssima jogadora.
- Que nada! Você aprendeu direitinho. - comentou Pierre.
- Foi você que me ensinou muito bem. - sorri, devolvendo o taco a ele.
- Eu não sabia dessa sua qualidade, Mis. - disse Megan, se posicionando ao meu lado. - Jogou muito bem.
- Nada mal para uma primeira vez, você quer dizer. - a corrigi.
- Digo bem, mesmo! Eu mal consigo segurar no taco. - comentou divertida.
- Missie, pelo jeito, é modesta demais. - disse Pierre.
- Não. - discordei - Sou verdadeira, só isso.
- Sua boba.
Megan deu um beijo estalado em minha bochecha e se afastou, indo em direção a David. Pulou em cima dele, o agarrando pela nuca. Ele a envolveu em um abraço e beijou seus lábios com paixão. Era lindo ver o amor que existia entre os dois, a maneira como eles se olhavam, se beijavam. Eu gostaria de viver algo assim um dia.
- Hey. - Pierre encostou seu ombro no meu, despertando-me de meus pensamentos. - Tudo bem?
- Yeah, só estava pensando longe. - respondi, dando um leve sorriso.
Uma música começou a ecoar pelo local e Pierre se inclinou em minha direção, sussurando perto do meu ouvido.
- Você quer dançar?
- Eu não sei dançar. - balbuciei sem-graça.
- Duvido muito.
- Com licença.
Megan veio de novo ao me encontro, e me puxou pela mão, me arrastando até os puffs, onde Emily estava sentada, e começou a tagarelar baixinho.
- O que você está esperando? Ele é lindo, fofo e etc. E está afim de você, só você não está vendo. Não é, Emily?
- Ele está de olho em você à tarde inteira. - comentou Emily.
- Ele te pediu para dançar e você fala que não sabe? Missie Collins, acorda para a vida, amore!
- Isso daqui é uma sala de jogos, não uma danceteria! Foi meio idiota... Hey, você está me espionando? - Megan deu de ombros. - Eu não estou afim, ok? - admiti, após revirar os olhos - Ele é fofo e tudo mais, mas não sinto nada em relação a ele. Nenhuma atração.
- Você é lésbica? - indagou Megan, arqueando as sobrancelhas.
- Você está falando sério? - perguntei, um pouco assustada.
- Sei lá. - ela deu de ombros. - Para dispensar alguém como o Pierre, é porque não gosta da fruta.
- Megan, você é hilária. - ri de seu comentário. - É claro que eu não sou lésbica.
- Bem, duvido você ir até ele e o seduzir. - desafiou Megan. - Já que você gosta da coisa.
- Meg, você é terrível! - riu Emily.
- E então, Missie? - insistiu Megan, sorrindo maliciosa.
- Sua fadinha demoníaca!
Bufei, levantando do puff e caminhei até Pierre, rendendo-me as insistências de Megan.
- Hey. - sorri, jogando minha franja para trás
- Você não quer dar uma voltinha comigo, gatinho? - murmurou Cloe para Fred, sorrindo maliciosa.
Realmente, mulheres como Cloe não tem vergonha na cara. Se jogam em cima do primeiro homem livre à sua frente. E afinal, o que tanto ela insistia em Fred? Ele era tão idiota, prepotente, arrogante, irritante, presunçoso... e mais alguns adjetivos nada bons.
- Claro. - respondeu Fred, segurando forte na cintura dela.
Revirei os olhos, fingindo não ter ouvido nada, muito menos visto os olhares maliciosos entre eles.
- Você quer dar uma volta? - perguntou Pierre, tirando minha atenção do casal irritante, se é que eles poderiam ser chamados de casal.
- Ok. - concordei. - Eu só vou no banheiro e já volto.
Saí da sala de jogos e caminhei pela casa até achar um lugar arejado. Sentei em um banquinho de balançar de madeira na varanda da casa, tentando respirar um pouco de ar livre.
O sol estava se pondo, dando uma visão ainda mais bonita àquele lugar, típico de casa de praia. Impulsionei meu pé para trás, fazendo o balanço se mexer. O vento quente de fim de tarde soprava em meu rosto, movendo meus cabelos próximos ao rosto.
- Cansou, Missie?
Parei o balanço abruptamente ao ouvir a voz grave de Fred. Virei meu rosto, encontrando-o parado ao meu lado.
- Cansada do que? - perguntei, voltando o movimento de vai-e-vem do balanço.
- Do seu joguinho idiota. - sibilou, se posicionando na minha frente.
- Não sei do que está falando.
Ele segurou nos dois braços do balanço, fazendo-o parar.
- Você está tentando me provocar? - indagou, olhando fixamente para meus olhos.
- Me poupe, Fred. - impulsionei o balanço para frente, para fazer Fred largá-lo.
- Missie...
- Dá para você me dar licença? - sibilei, o interrompendo.
Ele não se moveu. Suas mãos continuavam nos braços do balanço, e seus olhos fixos nos meus.
- Ok. - murmurei, o empurrando para eu sair do balanço. - Pronto, todo seu!
Dei meia volta e caminhei para dentro da casa, soltando o ar pelas ventas. Senti uma mão envolver meu braço esquerdo, fazendo-me parar abruptamente.
- Me solta! - berrei, olhando com raiva para Fred.
Ele, obviamente, não me soltou. Começou a me arrastar pela casa, virou em um corredor e abriu a primeira porta, entrando em seguida.
Eu mal tive tempo de ver onde estávamos, porque ele agarrou em minha cintura e me prensou na porta de madeira. Seus lábios tomaram os meus com sofreguidão. Eu tentei resistir, mas seu corpo colado ao meu, sua boca envolvida na minha, me fazia perder a cabeça.
Uma de suas mãos segurou em minha coxa direita, a levantando até a altura da sua cintura. Minhas mãos automaticamente foram parar em seus cabelos, desalinhando-os ainda mais.
Afinal, quem estava provocando quem?
Eu não sabia quem estava ganhando ou perdendo naquele jogo de provocações. Eu só sabia que estava completamente perdida.
Era como se cada parte do meu corpo reagisse por conta própria. Eu não conseguia raciocinar, eu não conseguia me afastar. As mãos de Fred passeavam por meu corpo, me deixando em chamas. Era confuso a reação que eu sempre tinha quando ele me tocava. E eu o odiava profundamente por isso.
Eu precisava resistir. Eu precisava me afastar. Mas meu corpo não o soltava. Era como se nossos corpos tivessem conectados. Como ímãs.
Mordi seu lábio inferior com força para que ele se afastasse por mim. E foi exatamente o que ele fez.
- Aii! - exclamou, passando os dedos por seu lábio, agora levemente ensanguentado. - Você ficou maluca?
- E-eu... Você me agarrou! - cuspi as palavras com repulsa.
- E você correspondeu!
Eu o encarei com a respiração pesada por longos segundos, abri a porta e saí sem dizer mais nada.
Eu o odeio! Eu o odeio! Eu o odeio! Era só o que eu pensava enquanto saía da casa dos Hunter, sem me despedir de ninguém. Eu chegaria na casa da minha vó, faria minhas malas e voltaria para onde eu nunca deveria ter saído.
Meu Deus, o que está acontecendo comigo?
Eu me sentia tão estranha. Tudo parecia que estava caminhando de uma forma errada, diferente. Como se tudo estivesse fora de controle. Eu não sabia o que fazer. Eu não sabia para onde ir. Para onde fugir. E acima de tudo, eu não sabia o que eu queria.
Como tudo ficou tão confuso de uma hora para outra?
Peguei o primeiro taxi que apareceu na minha frente. Eu queria voltar o mais rápido possível para a casa da minha avó. O motorista parou em frente à casa, eu o paguei e saí, indo em direção ao portão, abrindo-o de qualquer jeito.
Corri para meu quarto, abri o closet, tirei todas as roupas de dentro, jogando-as em cima da cama. Peguei as únicas duas malas que eu havia levado e comecei a colocar as roupas de qualquer jeito dentro delas, sentindo as lágrimas se acumularem em meus olhos.
- O que você está fazendo?
Eu paralisei ao ouvir a voz dele. Respirei fundo e continuei o que eu estava fazendo, fingindo não notar sua presença.
- Responda, Missie.
Fred segurou em meu braço, me impedindo de fechar a mala e me virou de frente para ele.
- Não é da sua conta. - balbuciei, controlando as lágrimas que insistiam em sair.
Eu odiava me sentir tão vunerável. Principalmente na frente das pessoas. Mas quando a raiva era tão grande, eu não conseguia evitar as lágrimas. Talvez fosse minha forma de aliviar a tensão, descarregar toda a raiva que se acumulava em meu corpo.
- Me solta. - pedi, sentindo minhas forças se esgotarem.
Ele me fitou profundamente com seus olhos azuis fixos nos meus. Eu fechei os olhos, sentindo sua respiração próxima ao meu rosto. Sua mão amoleceu em volta do meu braço e eu senti a outra tocando levemente em meu rosto.
- Você é uma boba. - ele sussurrou, e em seguida senti seus lábios tocarem nos meus.
Segurei em seu rosto de traços perfeitos, enquanto sentia sua língua enroscando na minha em harmonia. Não me lembro em que momento ele tirou as coisas em cima da cama de qualquer jeito e me deitou nela, subindo por cima de mim. Bom, isso não importava. Eu já tinha perdido todo o controle sobre mim, e de tudo ao meu redor.
Deixei que uma de suas mãos infiltrasse minha blusa, suspirando profundamente quando ele tocou na pele nua da minha barriga. Seu toque em meu corpo causava-me sensações inimagináveis.
Desci minhas mãos até a barra da sua camisa e a tirei, deixando seu peito escupido à mostra. Ele copiou meu ato, tirando a minha blusa também. Soltei um gemido baixo ao sentir sua mão tocar em meu seio esquerdo por cima do sutiã.
Seus lábios deixaram os meus, trilhando um rastro de fogo até o meu pescoço. O telefone em cima do criado-mudo ao lado da cama tocou de repente, fazendo-me abrir os olhos com rapidez.
- Não atende. - sussurrou com a boca no vão do meu pescoço.
Fechei os olhos novamente, tentando ignorar o som insistente vindo do telefone. O som continuou e eu desisti de ingnorá-lo, esticando o meu braço para pegar o telefone.
- Alô?
- Oi querida, é a vovó. - a voz doce da minha avó, soou pelo telefone.
- Oi vó. - respondi, sorrindo em ouvi-la.
Fred arqueou uma sobrancelha e saiu de cima de mim.
- Está tudo bem por aí? - perguntou ela.
- Sim, tudo ótimo. - respondi, ficando sentada na cama.
- Fred, Megan e Will onde estão?
- Fred está na sala. - menti, e corei ao ouvir a risada baixa de Fred. - Megan e Will saíram.
- Amanhã já estou voltando para casa. - avisou - Só liguei para saber se está tudo bem com vocês. Vou ter que desligar agora.
- Ok, beijos.
- Beijos e se comportem.
- Claro. Tchau, vovó.
Eu mal desliguei o telefone e Fred subiu em cima de mim, fazendo eu deitar de novo. Ele voltou seus lábios para o meu pescoço e a realidade, finalmente, tomou conta da minha mente.
- Pára, Fred! - eu o empurrei para que ele saísse de cima de mim.
- O que foi? - perguntou confuso.
- Eu não quero. - sibilei, sentando na cama e ficando de costas para ele.
- Você não sabe o que quer, Missie.
- E você?! - eu virei de frente para ele, o encarando seriamente. - Você sabe o que quer? Não, não precisa responder. Eu sei muito bem o que você quer. Você quer se aproveitar de mim. Mas saiba que eu não sou igual a essas garotinhas que você está acostumado a ficar!
- Não seja idiota, Missie. - sibilou.
- Você é um idiota! E eu te odeio. - falei, apontando o meu dedo indicador bem no meio de seu peito.
- Eu sei que você me ama, não precisa ficar gritando para os quatro ventos.
Ele deu aquele sorriso cínico e eu tive vontade de socá-lo. Mas ao invés disso eu segurei forte em seu cabelo e lhe dei um beijo de tirar o fôlego.
- Eu nunca vou te amar, queridinho. - sussurrei em seu ouvido. - Eu só... gosto de te usar de vez em quando, principalmente quando não tenho o que fazer.
Larguei seu cabelo e saí do quarto, o deixando sem reação deitado na cama. Eu não deixaria que ele me usasse da maneira como ele fez no verão retrasado. Eu não deixaria que ele pensasse que poderia me ter a qualquer hora.

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